quarta-feira, 26 de março de 2008

Desafio 2.0

Google, Orkut, Youtube, My Space, Wikipedia, fotologs e blogs. Com certeza você usa ou já ouviu falar nesses sites. O nome dado a esse fenômeno é Web 2.0 e tem como característica básica a colaboração. São sites feitos por pessoas comuns para pessoas comuns sem fins lucrativos (mas acabam tendo), o contéudo é compartilhado e qualquer usuário pode produzir. Para isso, o internauta tem a seu dispor modernas ferramentas e aplicativos para tornar possível o compartilhamento de textos, fotos,vídeos, músicas, amigos e etc. Na web 2.0, o site é melhor quanto mais contribuições de usuários tiver.

O que se questiona é que qualquer um pode produzir conteúdo e isso muda o perfil da informação, agora ela não tem dono, nem amarras, é descentralizada e sua disseminação é imensa. Trata-se de um novo paradigma: será decretado o fim dos gestores de conteúdo, ou seja, os jornais, agências, tv, etc? Pois se o conteúdo é dos usuários, qual a nova missão dos antigos e únicos emissores de informação? Uns dizem que é gerenciar, organizar essa bagunça e estimular a interatividade cada vez mais. Será? Além disso, dá para confiar em informações checadas e postadas pelos usuários? Enfim, há inúmeras perguntas acerca do assunto e um amplo campo ainda a ser explorado. Agora que a Web 2.o deu os primeiros passos...

terça-feira, 11 de março de 2008

Blog-se

Há tempos conhecemos o blog como um dos meios da internet que permite a alguém expressar e publicar um ponto de vista. Para muitos, é uma versão eletrônica do antigo diário. Entretanto, diferente da lógica do diário escrito, no qual as observações e desabafos são secretos, quem escreve para um blog, quer ter um feedback das suas postagens.

O blog pode ser definido como um espaço onde qualquer pessoa que tiver acesso à internet pode comentar sobre qualquer assunto, sem restrições ou censura. Por ter mais liberdade e ter um alcance, digamos, ilimitado, os jornalistas mais antenados logo descobriram uma brecha para se "libertarem" da padronização da grande imprensa.

Auge
Compartilhar informações, ter uma relação mais direta com o leitor, publicar opiniões e tudo o que quiser e der na telha. Logo, houve um "boom" dos blogs, uma blogmania, a maioria já tinha feito um blog, estavam pensando em fazer ou iam fazer. O que antes era considerado uma forma de passatempo para poucos jornalistas que queriam desafiar e servir de contraponto à mídia tradicional, hoje é uma fonte de informação e inspiração até para as empresas jornalíticas.

O fato é que essas infinitas possibilidades do blog trouxeram, para o bem ou para o mal, (prefiro acreditar que para o bem), mais uma forma de conteúdo, fonte, opinião e campo de debates para os leitores online ávidos por informação. Quase sem querer, ou não, denominaram essa tendência de blogjornalismo. Hoje temos acesso à infinitos blogs, sobre os mais variados assuntos, mantidos por jornalistas competentes e éticos, por empresas jornalísticas com histórico de credibilidade ou recentes, por não jornalistas, por jornalistas enganjados, por estudantes e outros.

Solução ou problema?
Daí surge a questão dos limites dessa liberdade toda. Não dá para controlar o que todos escrevem e lógico, há gente de má-fé que usa a liberdade do meio para publicar mentiras, ofensas e calúnias. Calma. Não vou defender uma idéia de restrição quanto a esse meio ou qualquer forma de censura. Eis mais uma vantagem, agora é permitido expressar a sua opinião. Esculhambar mesmo, reclamar, ser contra ou defender com todo o vigor, ser do sim ou do não. Mas quem arca com as conseqüências, boas ou ruins, é o emissor da mensagem. É como diz a frase: "Quanto maior o poder, maior a responsabilidade", cabe ao blogueiro delimitar o seu limite. O jornalismo precisa desses embates e de informações e opiniões variadas para não ficar homogêneo, engessado e chato. Conhecer o que as pessoas pensam, ter essa troca de conhecimentos, idéias, ideologias e outras coisas, ajuda na construção da reflexão individual e ainda enriquece a forma de ver a vida.